Nossas decisões e o medo do que os outros pensam

Esses dias recebi um pedido especial no meu Instagram para falar sobre esse tema, fiquei muito honrada pela confiança em meu conteúdo e resolvi fazer esse texto, pois é um tema que vale mais do que um simples post.
Como é um tema mais tenso, resolvi aliviar com a ajuda de dois ícones da TV brasileira: Carminha e Nina!

Então convido você para ler esse texto com toda amorosidade que tem consigo. Se puder, resgate a sua criança interior para ler junto, aquela que ficou perdida nos medos e auto julgamentos.
O começo de tudo Já parou para perceber que quando criança você não se importava muito com as coisas? Simplesmente era o que era, sem se preocupar se alguém acha que você estava falando muito alto ou sentando de forma estranha.
Todas nascemos sem nos importar com os outros, com o tempo que levamos para aprender alguma coisa ou com o que os outros vão pensar sobre fazermos dancinhas para comemorar algo que nos fez feliz.
Ao longo de nossas vidas somos apresentadas às regras sociais, aos grandes nãos, às cobranças e tudo mais que vamos internalizando. Com cada uma dessas coisas, criamos nosso mundo interno, nossas visões de mundo e gostos. Até aí tudo ok, o problema é que nesse meio de caminho começamos a criar nossas autocobranças para dar conta de tudo que o mundo externo nos obriga e do que acreditamos ser as escolhas justas.
Mas, as vezes, criamos réguas muito altas para medir isso, começamos a nos cobrar de atitudes que não damos conta de ter e julgamos de maneira muito cruel cada atitude nossa, é como se tivéssemos criado nossa própria prisão e fôssemos nosso algoz, criamos internamente uma relação Carminha x Rita, onde uma briga com a outra de formas cruéis.

Entre os diversos problemas que temos com essa autocobrança toda está o medo de tomar decisões que podem desagradar o outro. Pensa só, por dentro temos a Carminha gritando conosco, só encontramos cobranças e nunca achamos que somos o suficiente, então vamos tentar buscar lá no externo a aprovação que não temos internamente.
Queremos ser aceitas pelos outros, que eles possam nos amar e apoiar em todas as nossas escolhas, como se assim teríamos um terreno seguro para pisar e poder sermos felizes.
Essa busca dá início a outro problema, quando o outro é responsável por aprovar nossas escolhas e nos levar ao caminho da felicidade, passamos a viver o que é do outro e daí aquela régua interna só fica cada vez mais inalcançável e vira um looping de sofrimento sem fim. Isso sem contar o fato que não sentimos segurança para tomar decisões baseadas nos nossos desejos e convicções.
Daí com cada decisão que precisamos tomar ficamos assim:

Ok, isso tudo eu já sei, a culpa é da Rita autocobrança, mas como faço para começar a tomar decisões sem medo?
Bom, começamos partindo do princípio que o mundo todo sempre vai esperar algo de nós, mas daí precisamos decidir se queremos dar conta disso ou não, afinal, cada um é responsável sobre a expectativa que cria do outro, então, isso não é realmente um problema seu.
As pessoas nos julgam a todo tempo e nunca conseguiremos agradar todos, pois sempre haverá uma nova exigência. Pensa aí, é muito fácil dizer o que o outro deve fazer e julga-lo, porque não sentimos as dores deles. Exemplificando: Se a sua tia acha que fazer concurso público é o ideal, avisa ela que os concursos estão abertos e ela pode ir lá prestar a prova. Você não quer passar no concurso e não está disposta a se dedicar a isso, então não deve fazer para agradar!
Sabemos que as pessoas fazem isso porque se importam e desejam o melhor para nós, mas somos seres individuais e o que é bom para a tia Ivana nem sempre será bom para você! Então não importa o quanto “aquilo seja ótimo para você”, se você não quer, não vai fazer só para agradar!

Perguntas que ajudam a se priorizar
A partir do que falei até agora, começamos a olhar para dentro de nós e mudar um pouco a forma como nos tratamos, pergunte-se:Suas escolhas realmente honram seus desejos?
Será que você exige do mundo a mesma coisa que exige de si?
Será que jogar seus desejos no lixão da mãe Lucinda para dar conta do outro é o que quer para si?
Sei que esse processo de começar em se priorizar não é simples, mas é importante entender que você é a única pessoa que vai colher os frutos e pagar o preço da sua vida, então por que não escolher fazer pensando em si?
O melhor conselho que te dou é:
Trate-se como você trataria sua melhor amiga, abandona a treta interna Carminha e Rita, se abre para uma coisa mais Monalisa e Olenka, esse é um processo que leva tempo e exige amorosidade, então vai com calma.

A questão é muito profunda e podemos olhar para diversas vertentes dela, mas acho que essa passada geral pode inspirar vocês a começarem um caminho de se priorizar e escolher trilhar seus próprios caminhos.
Quem gosta de você de verdade, estará contigo mesmo se você não seguir o que aquela pessoa quer, uma relação é baseada em respeito e a outra parte precisa respeitar suas escolhas!
Sua criança interior não tinha medo de desagradar, ela apenas era quem era, se conecte sempre com ela para lembrar disso e resgatar essa força.
Também vale lembrar que se você precisar de ajuda nesses processos vale a pena buscar um profissional, tem muita psicóloga e psicólogo bom que podem te ajudar a criar essas forças internas.
Espero que esse texto tenha feito sentido por aí, se tiver dúvidas comenta aqui em baixo e aproveita para me contar o que achou dos textos sendo escritos assim

Ah, não esquece de compartilhar com as amigas que sentem que podem se beneficiar disso!

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Debora Barros

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